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BOVA11
(R$ MM)
O BOVA11 tem como objetivo acompanhar o desempenho do índice Ibovespa, que mede a performance do mercado de ações brasileiro de maneira ampla. Para composição da carteira são selecionadas as ações que representam 85% do market cap e aplicado um limite de peso de 20% por emissor.
O que é o BOVA11?
O BOVA11 é um Fundo de Índice (ETF) que tem como objetivo acompanhar o desempenho do Ibovespa, índice de ações amplo mais utilizado no mercado brasileiro. Esse é um indicador de extrema importância para o mercado financeiro no Brasil, já que avalia o desempenho médio das cotações de algumas das principais ações negociadas na bolsa de valores brasileira, a B3.
O BOVA11 é o maior fundo de gestão passiva listado do país, liderando o ranking de patrimônio líquido (R$ investidos em cotas do fundo). Atualmente o ETF conta com um patrimônio líquido de R$ 13,25 bilhões e tem mais de 115 mil cotistas (19/jan/2023), tendo uma taxa de administração de apenas 0,1%. Por ser referenciado em um índice amplo do mercado de ações, ao comprar o BOVA11 o investidor está indiretamente investindo nas ações mais representativas da bolsa brasileira.
Como o Ibovespa é calculado?
O Ibovespa é resultado de uma carteira teórica de ativos, composto pelas ações e units das empresas listadas na bolsa de valores brasileira, e que atendem aos critérios de sua metodologia.
- Universo de ativos elegíveis: ações e units de ações
- Critérios de seleção
Para ser incorporado à carteira, o ativo em questão:- Deve estar entre os ativos que representam 85% em ordem decrescente do Índice de Negociabilidade (ranking dos ativos que possuem a maior negociação);
- Deve ter presença em pregão de 95% no período de vigência das três carteiras anteriores;
- Deve ter 0,1% de seu volume financeiro negociado no mercado à vista, no período de vigência das três carteiras anteriores;
- Não pode ser penny stock, isto é, ações com valores muito baixos, na casa dos centavos.
- Ponderação: o peso de cada ativo no índice é calculado com base no valor de mercado do free float (ações livres para negociação no mercado). Além disso, o peso de cada companhia na carteira não pode ultrapassar 20%, e há também um cap de 2x do Índice de Negociabilidade.
- Tipo de retorno: O Ibovespa é um índice do tipo total return, em que o retorno se dá não só pela valorização do preço dos ativos que fazem parte do índice, mas também por conta dos proventos distribuídos pelas empresas cujas ações fazem parte da carteira. Como o índice não distribui proventos, estes são reinvestidos na própria carteira.
- Rebalanceamento: os rebalanceamentos ocorrem a cada 4 meses, nas primeiras segundas-feiras de janeiro, maio e setembro.
Carteira do índice
Atualmente o Ibovespa possui em seu portfólio 89 ativos, o que permite que o investidor invista no mercado de ações de maneira diversificada com um único ETF. Os setores mais representativos são os de commodities e financeiro. Os 5 principais emissores em termos de peso na carteira são Vale (15,97%), Petrobras (10,78%), Itaú Unibanco (6,43%), Bradesco (4,85%) e Eletrobras (4,53%), considerando os dados de 19/jan/2023.
Vantagens do BOVA11
O BOVA11, por não acompanhar um setor específico, mas o mercado como um todo, acaba tendo seu desempenho atrelado à performance da bolsa de valores brasileira. Dessa forma, ele é considerado uma boa opção de investimento quando se deseja comprar o mercado como um todo, ou quando o investidor espera que a bolsa irá se valorizar de maneira generalizada. Trata-se de um fundo diversificado. É importante que o investidor tenha em mente, no fim das contas, que o retorno do BOVA11 é uma média, e, portanto, sempre será menor do que o retorno da ação de melhor performance, mas maior do que o retorno da ação de pior performance.
É por conta dessa diversificação que investir no BOVA11 é, no geral, algo mais seguro do que investir em uma ação qualquer. Não só mais seguro, mas também mais prático: ETFs são a melhor opção de investimento para quem quer investir na bolsa sem fazer stock picking. Tratando-se de um fundo, o investidor já está indiretamente comprando diversas ações, sem ter que se preocupar com quais comprar. Escolher as ações não é só trabalhoso, mas também pouco eficaz. Diversos estudos de Finanças Comportamentais mostram que a maioria dos investidores casuais, do tipo pessoa física, apresentam desempenho abaixo do mercado ao escolher suas ações. Foi provado que no mundo inteiro, os stocks pickers não sabem escolher bem suas ações.
Um artigo que evidencia isso é o “Do Investors Trade Too Much?”, de Terrance Odean. Para uma certa base de dados da bolsa americana, ele mostra que o retorno dos papéis que os indivíduos vendem é maior do que o retorno dos papéis que eles compram, em um horizonte de tempo depois da operação. Basicamente, quer dizer que se um investidor simplesmente comprasse ações aleatoriamente, ele teria um retorno maior do que a maioria dos investidores pessoa física, que escolhem quais ações irão comprar.
Mas fundos tradicionais de gestão ativa também não eliminam o problema do stock picking? Sim, porém a um custo muito mais alto. As taxas de administração desse tipo de fundo são bem maiores, enquanto a do BOVA11 é de apenas 0,1%, como citado anteriormente. Essas taxas mais altas dos fundos tradicionais acabam corroendo o patrimônio líquido do investidor no longo prazo. Além disso, o BOVA11, assim como os demais ETFs, não cobra taxa de performance.
Não só isso, mas os fundos ativos tendem a performar pior do que o Ibovespa (e portanto, do que o BOVA11). Segundo o estudo SPIVA de 30 de junho de 2022, feito pela S&P, nos últimos 10 anos apenas 11,51% dos fundos ativos de renda variável do Brasil performaram melhor do que o benchmark. Um total de 88,49% dos fundos foi pior do que o índice amplo.
Portanto, uma ótima alternativa para eliminar o problema de stock picking e os grandes custos trazidos pelos fundos tradicionais é justamente a compra de um ETF, como o BOVA11.
Desvantagens
Apesar desses diversos pontos positivos citados, o BOVA11, bem como qualquer fundo que replica o Ibovespa, tem também suas desvantagens. A primeira coisa que podemos citar, mas que ainda não chega a ser uma desvantagem em si, tem a ver com o fato de que esse fundo segue um índice amplo. Acontece que, para investidores que procuram uma alocação mais concentrada em algum tema ou setor, o BOVA11 não é a melhor opção. Como conta com 89 ações, das empresas dos mais diversos setores, é evidente que fica tudo muito diluído.
Suponhamos que haja um choque positivo para o setor bancário, em que as ações de bancos se valorizam muito. Alguém que queira surfar essa onda não deve se contentar apenas com BOVA11, pois apesar de esse ser um dos setores de maior peso no Ibovespa, a presença das ações de outros setores diminui muito esse efeito.
Como alternativa, existem os ETFs setoriais e temáticos, que permitem que o investidor compre papéis de ramos específicos, como é o caso do CMBD11, formado por ações de empresas do setor de commodities. Outros fundos que permitem essa exposição mais direcionada são o TECB11 do setor de tecnologia, o FIND11 do setor financeiro, o TRIG11 de micro e small caps, entre outros.
Agora, algo que pode ser considerado uma desvantagem é o fato de que o índice de referência do fundo, o Ibovespa, tem uma grande concentração em commodities (38,45%) e bancos (16,05%), o que não faz tanto sentido se o propósito é ser uma carteira ampla, que contemple os mais diversos setores. Dados do dia 19/01/2023.
A carteira é formada por ativos de 86 emissores, mas apenas 5 empresas já somam o equivalente a 42,6% da carteira. São elas: Vale, Petrobrás, Eletrobrás, Bradesco e Itaú Unibanco. É claro que esses pesos maiores não são à toa, uma vez que são as empresas com maior Market Cap em free float do mercado, além de serem algumas das ações mais negociadas na bolsa. Fato é que, para um índice amplo, alguns setores são muito mais representativos do que outros.
Vale a pena comprar BOVA11?
A partir do que foi discutido, entende-se que o BOVA11 é uma boa opção de investimento para quem quer capturar o desempenho do mercado de ações brasileiro de maneira mais generalizada.
Como o mercado tende a crescer no longo prazo, o BOVA11 é uma boa alternativa para quem quer surfar essa onda de maneira diversificada, sendo um bom ETF para compor a carteira. A questão a ser discutida não é se vale ou não a pena comprar o BOVA11, mas sim, qual é a exposição adequada para o perfil de risco do investidor.
No geral, podemos citar três estratégias para a construção de um portfólio: stock picking, market timing e asset allocation. As duas primeiras são complexas e pouco eficazes, no mundo inteiro. Já a terceira, que envolve alocar seus investimentos entre ações, renda fixa, e outras classes de ativos, é o que geralmente alcança maiores retornos de longo prazo, quando feito de forma diversificada. O BOVA11 é uma boa opção para essa estratégia de investimento, ao lado de outros ativos.
Rentabilidade
Retornos Mensais
Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano | |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
2024 | -4,9% | 1,0% | -0,7% | -1,6% | -3,0% | 1,4% | 3,0% | 6,9% | -3,1% | -1,7% | -3,1% | -2,7% | -8,7% |
IBOV | -4,8% | 1,0% | -0,7% | -1,7% | -3,0% | 1,5% | 3,0% | 6,5% | -3,1% | -1,6% | -3,1% | -2,8% | -9,0% |
Dif. | -0,1% | 0,1% | 0,0% | 0,1% | 0,0% | 0,0% | 0,0% | 0,4% | -0,1% | -0,1% | 0,0% | 0,2% | 0,3% |
2023 | 3,7% | -7,9% | -2,6% | 2,4% | 3,9% | 8,9% | 3,3% | -4,8% | 0,7% | -3,1% | 12,7% | 5,5% | 23,1% |
IBOV | 3,4% | -7,5% | -2,9% | 2,5% | 3,7% | 9,0% | 3,3% | -5,1% | 0,7% | -2,9% | 12,5% | 5,4% | 22,3% |
Dif. | 0,3% | -0,4% | 0,3% | -0,1% | 0,2% | -0,1% | 0,0% | 0,3% | 0,0% | -0,2% | 0,2% | 0,1% | 0,8% |
2022 | 7,1% | 0,9% | 6,2% | -10,6% | 3,7% | -11,4% | 4,5% | 6,6% | 0,6% | 5,3% | -3,2% | -2,4% | 5,1% |
IBOV | 7,0% | 0,9% | 6,1% | -10,1% | 3,2% | -11,5% | 4,7% | 6,2% | 0,5% | 5,5% | -3,1% | -2,4% | 4,7% |
Dif. | 0,1% | 0,0% | 0,1% | -0,5% | 0,4% | 0,1% | -0,2% | 0,4% | 0,1% | -0,1% | -0,1% | 0,0% | 0,4% |
O retorno do benchmark é relativo ao período de negociação do ativo de forma a torná-los comparáveis.
Carteira
Ativos | % do PL | Gráfico |
---|---|---|
VALE3 | 11,96% | |
PETR4 | 8,21% | |
ITUB4 | 6,92% | |
PETR3 | 4,97% | |
BBAS3 | 3,36% | |
WEGE3 | 3,26% | |
BBDC4 | 3,09% | |
SBSP3 | 3,03% | |
ELET3 | 2,92% | |
ABEV3 | 2,67% |
Métricas de Risco/Retorno
No ano | 12 meses | Últimos 3 anos | |
---|---|---|---|
Desvio Padrão | 13,44% | 13,41% | 18,14% |
Índice Sharpe | -1,46 | -1,33 | -0,40 |
Retorno | -8,70% | -6,13% | 17,87% |
Max. Drawdown | -46,93% |
Data Max. Drawdown | 23/03/2020 |
Tempo de recuperação (dias) | 290 |
Spread entre o preço de fechamento e o valor patrimonial da cota
Drawdown
Evolução do PL
Número de Cotistas
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